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Bettas
 
Guia para criação de Bettas - Tradução do IBC
 

Este guia para os novos entusiastas dos Bettas foi elaborado na esperança de poder ajudar novos iniciantes a ter um bom começo e a evitar as frustrações e os desafios que outros experimentaram quando iniciaram nesta mais fascinante área do "hobby7' da aquariofilia tropical Os autores são juizes certificados pela IBC e criadores bem sucedidos que mantiveram várias posições na IBC e em seu clube local, "Bettas of the Sunshine State'7.

O artigo de Lee Branscome é baseado em experiência de primeira mão e em uma revisão de vários artigos sobre a reprodução dos Bettas. O artigo de Bill Hoerner sobre genética é baseado em um grande número de fontes e foi escrito pelo fato dele não encontrar uma visão simplificada em lugar algum.

De forma a fazer um melhor início possível, você deve providenciar o melhor estoque para a criação possível, desde matrizes à alimentação. Agora, nós acreditamos que você deva estar um pouco impaciente, assim como nós quando começamos, então, vá em frente e cruze qualquer casal que você tiver. Mesmo que você não consiga nenhum exemplar digno de exposição desta cria, a experiência será valiosa. Existem várias maneiras de se adquirir um bom estoque de matrizes. Talvez a melhor seja comparecer a uma exposição e comprar um vencedor de alguma classe caso ele esteja a venda ... de qualquer maneira, veja o que está disponível antes de tomar qualquer decisão. Você pode revisar os resultados das várias exposições publicados na "Flare", o boletim bimestral da IBC, e contatar os criadores vencedores nas classes em que esteja interessado. Você pode fazer encomendas aos membros da IBC que anunciam nos classificados "Stock Shop" encontrados no boletim "Flare". Um clube de Bettas local, caso exista algum em sua área, é uma grande fonte de matrizes e informação. Caso deseje ser um criador e competidor de sucesso, cedo ou tarde terá de adquirir as melhores matrizes que puder.

Artêmia recém-nascida é uma importante fonte de alimentação para seus alevinos. Ovos de artêmia são facilmente encontrados em lojas de animais locais e podem ser compradas em recipientes, geralmente de 2 a 5 kg, de produtores. O artigo de Lee Branscome cobre3 mais do que adequadamente, o tema Artêmias. Lee também menciona microvermes que são minúsculos vermes, menores que a artêmia que são cultivados num meio de papinha de milho ou de criança em forma de pasta e misturados com fermento de padeiro. Microvermes são um bom suplemento à artêmia. Como alguns alevinos não são grandes o suficiente para comer artêmias ou microvermes uma vez que tenham absorvido o saco vitelino, alguns criadores adicionam infusórios ao tanque dos alevinos, já que os infusórios não ocorrem naturalmente no tanque dos alevinos em quantidade suficiente. O infusório mais popular é o Paramécia, que é facilmente cultivado numa jarra com água e um ou dois "pellets" de ração para coelho. Alguns criadores utilizam uma comida seca especial em forma de um finíssimo pó até que seus alevinos possam comer artêmia. Infusórios e microvermes podem ser encomendados à fornecedores que anunciam nas duas revistas líderes sobre aquariofilia tropical. Pode-se também colocar um anúncio na seção "Stock Shop" da "Flare" indicando o interesse em adquirir culturas iniciais.

Este guia é bem básico e pretende unicamente fazer você e seus alevinos passarem pelas primeiras 8 a 12 semanas de existência, após o que você poderá iniciar a separação e seleção, em potes, dos melhores exemplares. A partir dessas 8 a 12 semanas você se beneficiará de sua crescente experiência, de contatos com outros membros da IBC e com o uso da Biblioteca de Assistência Técnica da IBC, que contém mais de 250 artigos escritos por experientes membros da IBC. Todos nós, da IBC, estamos prontos a ajudar, então, caso tenha alguma dúvida, peça ajuda.

Bill Hoerner
Diretor do Comitê de Assistência Técnica do IBC

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Bettas da minha maneira

Quando eu comecei a reproduzir Bettas, há uns dois anos atrás, eu procurei ler matérias sobre o assunto. Eu achava que encontraria em algum lugar um artigo ou um livro que me explicaria tudo passo a passo de modo que eu não precisasse passar por um período de muitos erros e tentativas. Talvez eu pudesse pular direto para esse estágio e fazer logo como os mais experientes. Bem, eu li inúmeros artigos do tipo faça você mesmo sobre Bettas e mesmo assim ainda tinha muitas perguntas não respondidas. Cada artigo tinha um método com algumas diferenças. Cada pessoa com quem eu falava nosso clube tinha feito de uma maneira um pouco diferente. Finalmente eu percebi que existiam tantos métodos diferentes para tantos diferentes criadores e que eu deveria estabelecer meu próprio método, que seria melhor que adotar os "já-prontos" métodos de outras pessoas. O objetivo que eu estava perseguindo era um método simples que consumisse o menor tempo, barato e ainda assim produtivo. Após muitas tentativas, tanto com sucesso como sem sucesso, meu método simples finalmente surgiu. Estes são os passos que eu utilizo atualmente. Tenho feito isso dessa maneira por um bom tempo agora porque ele funciona quase que todas as vezes. Eu ainda estou aberto para sugestões, por isso posso vir a modificá-lo no futuro. Se você é iniciante em reproduzir Bettas estou certo que meu método irá funcionar, talvez não todas as vezes, mas com a freqüência necessária para que você tenha mais Bettas do que saiba o que fazer com eles.

Equipamento necessário para a reprodução

  1. Um aquário de 8 litros com cobertura
  2. Um aquecedor de 25 ou 50 Watts
  3. Um termômetro
  4. Um pedaço de isopor
  5. Um tubo de vidro ou plástico transparente
  6. Um vidro de Aquari-Sol
  7. Novaqua
  8. MarOxy
  9. Uma pequena bomba de ar
  10. Mangueira de ar
  11. Válvula plástica de ar

O aquário

Eu não creio que o tamanho seja muito importante. Tive boas desovas em aquários de 16 litros e em caixas plásticas para sapatos do mesmo modo. Um aquário de 16 litros funciona muito bem, mas eles são mais problemáticos na hora de lavar e tomam mais espaços. A caixa de plástico é barata e tudo o que você precisa é fazer um pequeno buraco no teto para o aquecedor. O plástico é quebradiço, por isso não corta bem sem quebrar-se. O melhor é utilizar uma ferramenta de gravar em madeira ou ferro de solda e fazer o buraco. Algumas pessoas utilizam aquário de 4 litros com sucesso. Prefiro não utilizá-los porque acho que seria fácil torná-los poluídos em espaço tão pequeno.

Atualmente possuo seis aquários de 8 litros para reprodução. De todos, apenas um não veio com cobertura de vidro que funciona muito bem Num deles utilizo uma chapa de acrílico, a qual eu prendo ao aquário com fita adesiva. O tipo de cobertura não parece ser muito importante, mas você deve ter algum tipo de cobertura bem firme. Já escutei várias razões para tal uso de cobertura, mas não concordo com nenhuma . Minha razão é para evitar que as bolhas do ninho se dissipem, tornando o trabalho macho ainda mais duro.

Iluminação

Já escutei várias estórias sobre a iluminação do aquário, qual tipo utilizar, quantos watts, deixar ou não deixar ligada durante a noite e por aí vai. Lá nos campos de arroz, eles se reproduzem sem nenhuma luz do mesmo modo que eles fazem em minha casa. As únicas luzes são para minha conveniência, elas iluminam todo o ambiente e não os aquários individualmente. Também possuo uma lâmpada de 100 W montada sobre uma base para fotografias que eu posso mover de aquário para aquário, ocasionalmente, para ter uma visão mais de perto, mas não tem nada a ver com a reprodução. A luz natural do dia é o que eles precisam, e é grátis.

Profundidade da água

Quanto de profundidade deve ter o aquário? Alguns dizem que de 10 a 15 cm é o melhor, mas não concordo. Já fiz dessa maneira e os peixes desovaram. Já fiz com o aquário totalmente cheio e também desovaram. O problema com pouca água é como lidar com o aquecedor, que deve estar totalmente imerso em água. Algumas pessoas põem os aquecedores dentro de uma jarra com água e então põem a jarra dentro do aquário com pouca água. Bem, isto funciona, já experimentei. Porém é muito trabalho, isso embaça o aquário e toda aquela condensação nos fios do aquecedor, não me parece muito seguro. Utilizo cerca de 6 litros d'água num aquário de ~ litros, deixando um espaço de uns 2 cm até a borda. Insiro o aquecedor da maneira usual, preso à parede do aquário e então trabalhamos.

Temperatura da água

Ponha a água no seu aquário e ajuste a temperatura para exatamente 24° C. Esta parece ser a única coisa com que criadores de Betta parecem concordar, então por que discordar. Eu tenho um método simples para chegar próximo aos 24° C rapidamente. Tenho uma jarra com um termômetro de fita nela. Adiciono água misturando quente e fria até chegar próximo aos 24° C. Então encho duas jarras e coloco-as no aquário. Com apenas um leve ajuste no aquecedor fará a temperatura ficar exata.

O aquecedor

Utilizo um aquecedor de 25W no aquário de reprodução. Compro sempre a marca mais barata?. Algumas vezes eles estragam e aquecem demais ou simplesmente não aquecem. E quando jogo-os fora e compro novos. Os aquecedores mais caros podem durar um pouco mais, quem sabe, mas também podem estragar.

Termômetros

Utilizo termômetros digitais de fita plástica. Prefiro este tipo por serem de leitura mais rápida e razoavelmente precisos. Desisti dos termômetros de vidro por causa dos defeitos que ocorrem nos bulbos. Após algum tempo os bulbos ressecam e o termômetro não mais funciona bem. A extremidade do bulbo é pontiaguda e temia que alguma fêmea mais desesperada pudesse machucar-se por ir de encontro a ela.

Aditivos da água

Costumo adicionar "Novaqua" à água, um produto que remove o cloro. A dosagem: três gotas para cada 2 litros. Outros produtos que removem o cloro são provavelmente tão bons quanto. Também utilizo "Aquari-Sol", uma gota para cada 2 litros. Ele ajuda a prevenir o íctio e o veludo. Perdi muitas crias durante os primeiros dez dias antes de começar a usar esses produtos. Recomendo com empenho o uso deste ou qualquer outro produto de prevenção ao íctio e veludo.

Itens adicionais no aquário

Ponho dois itens mais no aquário antes dos peixes.

Um copo de isopor cortado ao meio longitudinalmente de modo que lembre um mini hangar para aviões. Coloco-o na parte da frente do aquário, a fim de que possa observar o interior. Geralmente o macho fará o ninho debaixo dele.

Já experimentei várias outras coisas para os peixes utilizarem para anexar o ninho a elas, um pedaço de papel vegetal, tiras plásticas e folhas de verduras. Prefiro o copo de isopor por ser limpo, barato, simples e funcionar melhor do que todos que já experimentei.

Também utilizo um tubo de vidro (tipo de lampião), colocando-o do lado oposto ao copo de isopor.

Quase que ao mesmo tempo, coloco a fêmea dentro do tubo de vidro e o macho na parte aberta do aquário, livre para nadar por toda parte, mas impedido de atacar a fêmea. Ele pode vê-la e ficar excitado, mas não pode machucá-la. Se tudo der certo, ele construirá um lindo ninho até o dia seguinte. Caso ele já tenha feito um belo ninho no mesmo dia, eu levanto o tubo de vidro e solto a fêmea. Caso ele não construa um ninho até a manhã seguinte, então solto a fêmea com ou sem ninho. Deixo o tubo de vidro dentro do tanque para a proteção da fêmea. Ela pode nadar em volta do tubo e ficar na parte oposta caso o macho seja muito bruto. Quando ela estiver pronta, ela virá para a parte desprotegida.

A maior parte das minhas desovas ocorre no segundo dia a partir do qual coloco o casal no aquário. Algumas vezes leva um pouco mais de tempo. A vez em que mais esperei foram dez dias antes de desovarem. Após cerca de 4 ou 5 dias eu geralmente separo o casal caso o macho não tenha construído um ninho até aquela data. Parece ser mais produtivo tentar um novo casal, e tentar de novo com os outros umas duas semanas depois.

Costumo etiquetar o aquário de reprodução, identificando o número da desova e os dois peixes. Os dois peixes são classificados pela desova de que foram originados e por seu número individual ou de onde obtive o peixe caso ele não seja de minhas próprias. Coloco também as datas: a data do acasalamento, a data da desova e a data em de eclosão dos ovos.

Desova n°: 70

  • Macho: Amarelo Cauda-Dupla (Agostinho)
  • Fêmea: Amarelo Cauda-Simples (48-4)
  • Acasalamento: 17/04
  • Desova: 21/04
  • Eclosão: 23/04

Se você está tentando uma de suas primeiras desovas, lembre-se que deve ser paciente. A primeira vez que tentei fiquei na expectativa de que tudo ocorreria naquele dia... e simplesmente nada ocorreu aquele dia. E depois de tudo, a fêmea pode estar pensando no que o macho achar dela na manhã seguinte ou esteja preocupada com sua reputação. Leva um certo tempo para cairem esses tabús.

Algumas vezes durante os primeiros momentos da desova, os peixes se agridem e chegam a danificar suas nadadeiras, outras vezes o fazem de maneira tão gentil que poderiam ser expostos no dia seguinte. Não interrompa a desova por causa de algumas nadadeiras rasgadas. Na maior parte das vezes, quando os peixes são jovens, as nadadeiras crescem de novo. Perdi apenas um peixe( um macho) em mais de 70 desovas.

O cronograma da maioria das minhas desovas é o seguinte:

1° Dia: Acasalamento( Os peixes são colocados juntos).

2° Dia: Liberação da fêmea do tubo de vidro, solte-a antes caso o ninho esteja pronto antes.

3° Dia: Os peixes desovam. Logo após o macho afastará a fêmea e é hora de retirar a fêmea e o tubo de vidro. Coloque a fêmea numa jarra com água( na temperatura de 24°C), com uma gota de MarOxy para prevenir o ataque de fungos e bactérias às suas nadadeiras. O macho passará a tomar conta do ninho por conta própria, catando os ovos e que porventura caiam do ninho e recolocando-os de volta.

5° Dia: Os ovos eclodem. Você pode vê-los cair do ninho e depois tentar voltar sozinhos. Alguns cairão no fundo. O macho os pegará pela boca e os "cuspirá" de volta ao ninho. Ele continuará fazendo isso pelos próximos dois dias.

6° Dia: Remova o macho. Na noite anterior ao dia de retirar o macho. Ele tomou conta dos alevinos por um bom tempo e eles devem estar prontos para seguirem por conta própria agora. Caso você deixe para retirar o macho na manhã seguinte, as chances de perder toda a cria para um macho faminto aumenta.

7° Dia: Pela manhã, alimente os alevinos. Eles não necessitam ser alimentados antes desse período desde que tenham totalmente absorvido o saco vitelino. A partir de agora devem se alimentar sozinhos. Nos três primeiros dias alimento-os de maneira bem leve três vezes ao dia. Pela manhã, artêmia recém-nascida( 24hs), à tarde, microvermes; e à noite, novamente artêmia recém-nascida.

Após três dias nesta dieta, paro com os microvermes mas continuo com a artêmia recém-nascida duas vezes ao dia. Eles continuam nesta dieta até estarem grandes o suficiente para comerem outras comidas vivas como tubifex ou minhocas e artêmias adultas( lá pelos dois meses de idade).

Caso a desova ocorra após o 3° dia, mova todas as outras datas de acordo com o atraso ocorrido.

Eclodindo artêmia recém-nascida

Numa loja de animais ou de aquários, compre ovos de artêmia para eclosão. Instruções para a eclosão, provavelmente, estarão no recipiente. As minhas são um pouco diferentes, por isso, vou explicar meu método. Você precisará do seguinte:

  1. Ovos de artêmia para eclosão
  2. Sal não iodado
  3. Uma garrafa plástica de dois litros "Big-Coke")
  4. Dois potes plásticos de margarina
  5. Uma pequena bomba de ar
  6. Mangueira de ar
  7. Uma seringa
  8. Uma rede fina para pegar as artêmias

Corte os 6 cm da parte de cima de uma garrafa de "Big-Coke" e jogue esta parte fora. Encha a parte que sobrou com água à temperatura ambiente, deixando aproximadamente 5 cm a partir da borda. Adicione 2 colheres de sopa de sal não iodado e cerca de 1~3 de colher de chá de ovos de artêmia. Você pode ajustar a quantidade de ovos dependendo do tamanho da desova que você esta tendo ou de tem muitas desovas ao mesmo tempo. Lembre-se que tudo o que você precisa é necessário para duas ou três alimentações. Faça isto com somente uma garrafa. Libere a linha de ar, de modo que maneira que faça bolhas rapidamente, deixando os ovos em movimento durante todo o tempo. Comece este processo no mínimo 24 horas antes de precisar alimentar os alevinos pela primeira vez. Na outra manhã, quando for alimentar os alevinos, comece com a outra garrafa, enchendo-a do mesmo modo. A medida que você usa as artêmias da primeira garrafa, os ovos da segunda garrafa estarão eclodindo. repita o processo todos os dias e você terá um estoque contínuo de artêmias recém-nascida.

Para coletar as artêmias, eu retiro a linha de ar da garrafa pronta e coloco-a próximo a uma pia e aguardo de 5 a 15 minutos para as artêmias se estabilizarem e as cascas dos ovos flutuarem. Você perceberá que estará pronto quando o fundo do pote estiver com uma coloração levemente laranja e se você olhar bem de perto, perceberá milhares de artêmias nadando próximo ao fundo. Pego a seringa e coloco-a cuidadosamente através das cascas marrons na superfície da água e sugo as artêmias do fundo. Algumas repetições e deve ser suficiente. Despejo o conteúdo da seringa numa rede bem fina para artêmias para coletá-las, então enxáguo a rede em água doce. Uso uma faca de cozinha sem lamina para raspá-las da rede e oferecê-las aos peixes.

Uma palavra de precaução: Não esqueça de colocar recipiente de volta e ligar o ar novamente. Caso ele seja: deixado de lado por muito tempo, sem a forte circulação, suas artêmias poderão morrer deixar todos os alevinos morrerem de fome. Lembre-se que você não terá novas artêmias por 24 horas. Alguns esquecimentos nesta fase e você perderá todos os seus alevinos. Uma vantagem de se ter os microvermes sempre prontos é que você pode usá-los de imediato caso ocorram estes erros. Consegui minha cultura de microvermes a partir de um amigo, membro do clube, e eu a mantive por aproximadamente por dois anos mesmo com muito pouca manutenção. Elas são anunciadas na 'IAMA'7 e podem também ser vendidas em lojas de animais. Providencie algumas, se possível.

Os alevinos começam a crescer

Alguns dias após os ovos eclodirem, você pode notar uma pequena massa se formando na superfície da água. Neste momento, coloco outra bomba de ar com mangueira e uma válvula de ar para controlar o fluxo de ar. Coloco a mangueira no aquário dos alevinos com as bolhas estourando levemente na superfície. Continuo com isso até que os alevinos tenham crescido o suficiente para dispensar a filtragem da água por volta dos 2 meses.

Enquanto os alevinos permanecem pequenos( até os 2 meses), faço semanalmente uma troca de água por meio de sifão, trocando alguns litros por água nova na mesma temperatura de 24°C, com Novaqua e Aquari-Sol. Sempre que faço a sifonagem, faço-a dentro de potes para que caso algum alevino seja sugado, eu possa vê-lo e colocá-lo de volta

Caso a água comece a parecer turva, você provavelmente está super-alimentando os peixes ou demorando um pouco para fazer a troca de água ou ambos. Procure no fundo de seu aquário um amontoado laranja de artêmias que não foram comidas. Caso esse monte se forme em um dia ou menos, você está super-alimentando seus peixes e poluindo a água. Corte a alimentação, tudo o que eles precisam é o necessário para arredondar suas barrigas após cada refeição. Se você der a eles mais do que podem comer, você estará simplesmente estragando a água.

Lá pelos 2 meses, eu geralmente coloco os alevinos para um aquário de 15 litros e coloco um filtro de lã de vidro na mangueira de ar. Isso fica com eles até o momento que ainda restarem peixes no aquário.

Dos 2 aos 5 meses, é a idade ideal dos Bettas para eu. Este é o momento em que melhores indivíduos começam a aparecer no aquário. É a hora de recolher os indesejáveis e a hora de os melhores provarem para você que são dignos de exposição ou de reprodução. Após tudo, foi tanta diversão, que nós vamos querer pegar os melhores e continuar com a próxima geração. Talvez... somente talvez... eles poderão ser ainda melhores que os anteriores.

Lee Branscome

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Tudo o que gostaria de saber sobre a genética dos Bettas

Sempre quis saber por que alguns Bettas azuis quando cruzavam com outros Bettas azuis produziam alguns descendentes verdes, ou por que vermelhos e amarelos não produziam laranjas quando cruzados. Devem haver centenas de perguntas como estas. Felizmente algumas dessas perguntas podem ser encontradas aqui.

Este artigo é escrito como uma expressão do que uma pessoa, profundamente interessada em Bettas, tem aprendido a partir de limitada experiência, conversas com outros entusiastas, e lendo o que Liebetrau, Lucas, Maurus, Sonnier e outros escreveram. Existe uma gama de informação disponível. Acredito firmemente um conhecimento razoável sobre a genética dos Bettas pode aumentar grandemente a satisfação e o prazer que podem vir desse hobby. Acredito que qualquer um ignorar este assunto está causando a si mesmo um grande atraso.

Os Bettas possuem dois genes, um de cada progenitor, para cada característica . Cada Bettas consiste de muitos, muitos pares de genes, muitos dos quais são para características não observáveis sob condições normais. Os pares de genes que são inicialmente importante para nós são aqueles associados com a coloração e nadadeiras. Vamos considerar o que esses vários pares de genes transmitem num Betta normal. O Betta normal não é aquele extremamente colorido ou magnificamente desenvolvido com as nadadeiras encontrado num aquário se mostrando para o vizinho, mas sim aquele tipo selvagem sem atrativos, de nadadeiras curtas e geralmente pardo com raios esverdeados e variados tons de vermelho nas nadadeiras. Esse Betta normal possui camadas de cores normais: amarelo mais próximo ao corpo, seguida no sentido para fora pelo vermelho, negro e verde, nesta ordem. Os lindos Bettas que vemos hoje possuem na maior parte mutações das cores normais e das nadadeiras encontradas na natureza.

Uma dificuldade conceitual provem de alguns indivíduos quando considerando as cores normais. Um Betta que possui o vermelho normal não é um Betta vermelho. Um Beta que possui o negro normal não é um Betta negro. Um Betta que possui um par de genes verdes ou amarelos normais não é um Betta verde ou amarelo. De fato, um Betta possuindo todas as quatro cores normais é um multicolorido. O verde, vermelho, e uma variante marrom do negro podem ser observados, entretanto o amarelo não pode por causa de sua palidez.

Existem basicamente dois tipos de genes. Genes do tipo I são aqueles que expressam uma relação dominante/recessivo quando casados. O efeito do gene dominante é observável com efeitos de cor e tipo de nadadeiras. O efeito do gene recessivo normalmente não é observável a menos que seja casado com outro gene recessivo similar. Quando um gene de nadadeiras longas dominante é casado com um gene recessivo de nadadeiras curtas, nadadeiras longas serão observadas. Algumas vezes um gene recessivo pode produzir efeitos que são observados quando casados com um gene dominante. Bettas de cauda simples portadores do gene de cauda dupla geralmente possuem bases mais largas e nadadeiras mais longas que aqueles de genes puramente cauda simples. Genes do tipo II são aqueles que interferem com cada outro quando casados. 13m exemplo clássico é o casamento entre os genes verde e o azul aço para produzir o azul.

O fato de qualquer Betta possuir todas as cores normais ou suas mutações podem causar alguns problemas conceituais. Entretanto, sob o risco de super simplificação, a cor ou as cores observáveis dependerão da intensidade relativa e da distribuição das várias camadas. Um Betta, poderá, ser observado vermelho quando a camada vermelha é muito intensa e mesmo distribuída e as outras camadas são suficientemente fracas de intensidade e distribuição para superar a vermelha. Bettas de cores sólidas geralmente só resultam quando uma ou mais das cores normais sofreram mutação.

A tabela inclusa neste artigo lista as cores normais e suas mutações e rapidamente descreve cada uma. É interessante notar que algumas das mutações não tão envoltas em cores quanto em padrões de cores. O padrão "Butterfly" é uma mutação do vermelho, e, mesmo assim é dominante sobre o vermelho normal, bons padrões `'Butterfly" são freqüentemente difíceis de se produzir, mesmo quando cruzados entre si. O padrão "Mármore" é uma mutação do negro, que produz muitos efeitos estranhos e variados. Bettas "Mármore" podem não começar a mostrar o padrão "Mármore" até que tenham alguns meses de idade e então o padrão pode mudar dramaticamente num período relativamente curto de tempo.

Existem variedades de cor que não são o resultado de um único par de gen., mas são produzidos por mais de um par de genes. Os "Pastel", por exemplo, resultam quando o verde, azul-aço ou azul sobrepõe o "Camboja". Os albinos são produzidos com uma combinação de mutações de vermelho, negro e verde.

A tabela de cores indica a dominância relativa nas camadas, mas não entre as camadas. Tem sido geralmente observado que a camada verde e suas mutações, a camada superior, dominarão as outras camadas quando suficientemente intensas e bem distribuídas. Entretanto, como resultado de uma intensidade e distribuição variada nas camadas, mais de uma cor podem ser observadas, como nos multicores. A intensidade e distribuição de qualquer camada pode ser melhorada ou reduzida através de cruzamentos seletivos, dependendo do objetivo fixado. Desse modo pode-se selecionar o mais escuro, ou o mais claro ou o mais brilhante vermelho, verde, azul ou a coloração de corpo de camboja mais cremosa, ou de qualquer modo que assim se desejar.

Suponhamos que você não está certo sobre quais genes estão funcionando como tipo I ou tipo II. Você pode descobrir qual o tipo em até duas gerações, desde que você obtenha grandes desovas, digamos 100 ou mais. Teoricamente, os genes do tipo I podem resultar em 75% de uma desova aparecerem da mesma cor, mas os gene tipo II não. Vamos fazer uma análise.

Alguns símbolos comuns utilizados na descrição dos genótipos dos bettas e suas interpretações:

Primeiramente, vamos considerar um exemplo do tipo I. Assuma que apenas a camada de cor vermelha está presente e que somente os genes vermelho estendido( R) e não-vermelho( Y) estão envolvidos. O macho carrega dois R e a fêmea um R e um Y. A primeira geração( F1) será composta por 50% RR e 50% Y, porém todos parecerão ser vermelho estendido. Por quê? Cada quadrinho no esquema a seguir representa 25%.

R
R
F1
R
RR
RR
Y
RY
RY

Suponhamos que dois indivíduos de F1 sejam cruzados entre si para produzir a Segunda geração( F2). F2 se constituirá de 25% ~, 50% RY e 25% YY. Entretanto 75% dos descendentes parecerão ser vermelho estendido e 25% não-vermelhos. Por que? Relembre a tabela de cores! Mantenha os 75% em mente.

R
Y
F2
R
RR
RY
Y
RY
YY

Agora, que tal um gene tipo II em ação. Assuma que somente a camada de cor verde está presente e que somente os genes verde estendido( G) e azul-aço( S) estejam ativos. O macho carrega dois G e a fêmea um G e um S A primeira geração( F1) será 50% GG e 50% GS. 50% parecerá verde e 50% parecerá azul. Caso dois indivíduos de F1 portadores dos genes GS sejam cruzados a fim de produzir a segunda geração( F2), a desova consistirá de 25% GG, 50% GS e 25% SS.

G
G
F1
G
GG
GG
S
GS
GS
G
S
F2
G
GG
GS
S
GS
SS

25% dos descendentes parecerão verde, 50% azul e 25% azul aço. Não há maneira de 75% dos descendentes parecerem de uma só cor. Analise as tabelas e o casamento de genes com bastante atenção e você estará apto 75% de indivíduos parecidos não podem ocorrer. Reveja a tabela de cores novamente.

Os termos "fenótipo" e " genótipo" são freqüentemente empregados em discussões sobre Bettas. Elas, em especial o genótipo, podem ser muito importantes quando do aquisição de matrizes. O fenótipo se refere a qualquer característica observável. Se um Betta parece ser vermelho, ele possui um fenótipo vermelho. Um Betta cauda simples possui um fenótipo de cauda-simples. Um Betta cauda-dupla possui um fenótipo cauda-dupla. O genótipo normalmente se refere às características que são recessivas em relação àquelas observadas. Caso não haja característica recessiva, o genótipo é o mesmo que o fenótipo. Um Betta vermelho portador de dois genes para vermelho estendido possui um fenótipo vermelho e um genótipo também vermelho. Criadores que trabalham com a variedade melano não podem usar fêmeas melano porque elas não podem produzir descendentes viáveis. Os criadores normalmente utilizam fêmeas azul-aço que carregam um gene para melano. Essas fêmeas possuem um fenótipo azul-aço, mas possuem genótipo negro( melano). Freqüentemente Bettas cauda-simples carregam um gene para cauda-dupla, fazendo-os possuidores de um fenótipo cauda-simples e de um genótipo cauda-dupla. Quando as matrizes são adquiridas, muito ajuda, saber seus genótipos. Se, por exemplo, as matrizes são ambos genótipo cauda-dupla embora parecendo cauda-simples, eles irão produzir descendentes cauda-dupla do mesmo modo que cauda-simples. Assim você pode conseguir mais do que aquilo que vê.

Agora que você sabe "tudo" o que existe sobre a genética dos Bettas, vá se divertir com ela!!!

Bill Hoerner
 
 
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